Fonte: IG
“Crepúsculo”, o filme romântico de vampiros lançado no ano passado, foi um sucesso em todos os sentidos: 191 milhões de dólares em bilheteria, três milhões de DVDs comercializados no dia em que chegou às lojas e incontáveis capas de revista enfeitadas pelo galã taciturno, Robert Pattinson.
Porém, para a indústria da música, a trilha sonora é praticamente um milagre. De acordo com a NielsenSoundScan, a trilha vendeu 2.2 milhões de cópias, uma quantidade outrora rotineira que em uma época de vendas baixas se tornou surpreendentemente rara. Como vampiros atraídos pelo cheiro de sangue, gravadoras, produtoras e agentes de artistas passaram grande parte do ano passado perseguindo agressivamente “Lua Nova”, o segundo na série, que estreia nos cinemas no dia 20 de novembro.
Lista de faixas da trilha sonora de “Lua Nova” é revelada
Alexandra Patsavas, supervisora musical de ambos os longas, foi contratada para “Lua Nova” em janeiro, mas disse em uma entrevista que as conversas sobre a trilha sonora principiaram antes disso. “Essa é com certeza uma luz no fim do túnel em uma indústria que precisa delas”, disse Patsavas.
As grandes gravadoras há tempos enxergam as trilhas como veículos de baixo risco e alta recompensa para promover singles. E até esse modelo se desgastar no começo dos anos 2000 com a ascensão do download de canções, havia um fluxo contínuo de hits de multiplatina. “O Guarda-Costas”, de 1992, vendeu 11.8 milhões de cópias.
Mas ao lado de filmes recentes como “Juno”, “Crepúsculo” emergiu como um exemplo de nova abordagem: escolher faixas que estão entrelaçadas com a narrativa do filme, e que têm apelo por meio de ressonância emocional em vez de familiaridade de superestrelas.
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"Crepúsculo": 2.2 milhões de cópias vendidas e US$ 191 milhões em bilheteria |
“Sempre houve trilhas sonoras incríveis, como ‘Flashdance – Em Ritmo de Embalo’ e ‘Os Embalos de Sábado à Noite’, em que a música estava atrelada ao mote da história”, disse Livia Tortella, gerente-geral e vice-presidente da Atlantic Records, que lança a trilha de “Lua Nova” no dia 20 de outubro com a gravadora de Patsavas, Chop Shop. “Mas em algum ponto do caminho [o mercado de trilha sonoras] se transformou em uma oportunidade única de associação e perdeu a ligação com filme em si. Diluíram-se as coisas”.
Uma das poucas exceções à tendência recente de vendas de trilha sonora é a Disney, que teve franquias de sucesso multiplatina com “High School Musical” e “Hannah Montana”.
Houve especulação maciça na indústria musical durante o verão sobre quem mais seria incluído. A inclusão de bandas em um filme da saga “Crepúsculo” significa potencial elevado e ampla exposição. “Se você for um artista relacionado a um filme imenso como ‘Crepúsculo’, você recebe um benefício duradouro para além do longa e da trilha em si”, disse James Diener, presidente da A&M/Octone Records. “Você tem acesso a dinheiro de publicidade que a empresa do filme gasta, muito mais do que uma gravadora poderia ou gastaria”.
A primeira trilha sonora tinha um som alto e pesado como Paramore e Linkin Park, mas as canções em “Lua Nova” têm um tom leve, melancólico. “Esse é um filme muito mais sombrio que ‘Crepúsculo’”, disse Patsavas. “Há muita perda de amor, portanto os artistas que vão compor a trilha refletem esse lamento – muitos instrumentos acústicos, muitas músicas a capella. Essa trilha definitivamente soa mais indie que a última”.
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